domingo, 18 de março de 2012

Mediunidade: Fenômeno Natural Ou Sobrenatural?



"A parapsicologia tem estudado os potenciais psíquicos humanos e chegou à conclusão de que existe a paranormalidade. Os fenômenos "Psi" (telepatia, clarividência, premonição, telecinesia ou capacidade de mover objetos com o pensamento) ocorrem de fato.

 Realmente, há pessoas que possuem a sensibilidade para perceber além dos cinco sentidos físicos. A astrofísica Elizabeth Rauscher, consultora da NASA, hoje se dedica à "Psiência", que é a ciência dos fenômenos Psi.

 Na revista "Super Interessante" (Editora Abril, edição 267 - Julho/2009) li uma matéria "O Mundo Paranormal", a qual relata que o governo americano tinha começado um programa ultra-secreto de formar um exército de paranormais - um batalhão de gente com talento - para prever o futuro e usar a clarividência para fazer espionagem. Cientistas da Universidade de Stanford fizeram testes com esses homens. O Stargate - nome do programa - durou até 1995, quando o governo Clinton pôs fim ao programa por conta de seu alto custo. Esse projeto é uma prova de que os sensitivos foram levados a sério por instituições sérias. Diz ainda a revista que não é só na espionagem militar que os serviços dos sensitivos estão sendo utilizados, mas também na polícia, na medicina e no marketing.

A polícia da Florida e o FBI usam os serviços dos sensitivos para ajudá-los a encontrar assassinos foragidos, crianças sequestradas e até aviões desaparecidos. Muitas vezes o sensitivo lança mão da psicometria pegando algum objeto do morto e, a partir dele, recolhe informações sobre a vítima e tenta se colocar no lugar dela na hora do crime. Depois, relata os detalhes do crime à polícia, como o local onde o corpo está enterrado ou o nome do assassino.

 Nos EUA, há sensitivos que se especializam em trabalhar para empresas como consultores dizendo quais os melhores terrenos para companhias de mineração comprarem ou em qual produto a empresa deve investir.

Na medicina, um grupo de sensitivos brasileiros, do Distrito Federal, realiza diagnósticos de doenças, como o câncer, enfizema, úlcera e problemas circulatórios. Para testar essas habilidades, uma pesquisa em andamento na Universidade de Brasília acompanha os diagnósticos dessa equipe de sensitivos. Depois, os pesquisadores vão conferir os resultados obtidos com os exames clínicos para ver se coincidem.

Sem dúvida alguma, a aplicação da fenomenologia Psi abre uma perspectiva de valor incalculável à humanidade.

No entanto, a parapsicologia não vai além dos limites humanos por ainda se estruturar num modelo científico materialista. Sendo assim, não aceita a existência dos seres extrafísicos, ou seja, os espíritos desencarnados. Nega, portanto, que esses seres possam intervir em nossas vidas. É uma ciência materialista que ainda engatinha e pouco conhece do potencial espiritual do ser humano.

Por outro lado, o que a parapsicologia descobriu em suas pesquisas laboratoriais já vem há séculos sendo estudado pelas filosofias orientais e mais recentrmente pelos espíritas. Todos eles sempre afirmaram que a mediunidade é condição natural do ser humano, que todos somos médiuns, uns mais e outros menos desenvolvidos.

Desta forma, somos todos canais (mesmo não sabendo) das forças superiores (seres de luz) e inferiores (seres das trevas). Portanto, somos todos influenciados pelos seres espirituais desencarnados, em nossa maneira de pensar, sentir e agir.

 Apesar de a mediunidade ser um atributo natural do ser humano, há um desconhecimento e despreparo de nossa cultura a começar pelo termo "paranormal" que evidencia a nossa ignorância no tocante à natureza humana.

O termo paranormal significa "além do normal"; portanto, é um termo equivocado no que se refere à fenomenologia natural da mediunidade que não tem nada de sobrenatural. A ignorância também leva ao preconceito, ao medo, sendo que algumas religiões atribuem ao diabo (ou Satanás) a fenomenologia da incorporação mediúnica.

No livro "Psicotranse" (editora Pensamento, págs 25, 26 e 27) de autoria do médico bahiano Dr. Eliezer Mendes, ele afirma: "Embora reconheçamos a boa intenção dos vários meios religiosos que militam nas esferas da mediunidade, chamamos a atenção para o cerceamento que pretendem implantar para a fenomenologia mediúnica, transformada em objeto de altar e de santificação, ao ponto de estabelecerem condições de misticismo para a sua utilização, quando o fenômeno é um atributo natural dos seres vivos, transcendendo a esfera do ser humano.

 Ao propormos eliminar os aspectos sagrados dessa fenomenologia estamos criando condições naturais de sua utilização em termos profissionais. Aí vem a segunda questão levantada pelos defensores da tese mística: - Não se pode vender mediunidade nem remunerar os sensitivos no exercício de seu mister. 'Dai de graça o que de graça recebestes'. Reconheço o zelo e o cuidado que se dedica a uma questão tão delicada, mas não aceito integralmente a tese da gratuidade'. Concordo plenamente com as idéias defendidas pelo Dr. Eliezer Mendes. Aliás, um grande pioneiro na utilização de médiuns para a cura dos pacientes".




Autoria: Oswaldo Shimoda
Texto e Imagem:

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